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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Suplementação de melatonina


A melatonina é um hormônio que influencia a regulação do sono e que é produzida naturalmente pelo organismo influenciada pela baixa luminosidade. A medida que envelhecemos a quantidade de melatonina produzida pelo corpo diminui, o que faz com que algumas pessoas sofram de insônia, ou tenham um sono muito leve ou pouco reparador. Vamos tratar aqui do uso da melatonina como suplemento para aumentar a produção do hormônio do crescimento (GH) levando ao aumento da hipertrofia muscular.
O liberação do GH é estimulada pelo sono profundo, atividade física e o jejum prolongado. O GH é secretado a partir da hipófise pela glândula pituitária e é regulado por uma via que consiste no controle inibitório da somatostatina (SST) e pelo controle hipotalâmico estimulador do hormônio de liberação do GH. Ele é conhecido por exibir profundos efeitos anabólicos ao nível dos tecidos e tem sido aplicado a ele um papel importante na regulação metabólica, na síntese de proteínas, e na multiplicação e diferenciação celular no músculo esquelético. No músculo esquelético, o papel anabólico da GH é baseado nos níveis de circulação de GH livre e à sua influência sobre a atividade de vários fatores de crescimento como a insulina-like growth factor 1 (IGF-1).

A maioria da secreção de GH pela hipófise é controlada por sinais hormonais recebidos a partir do hipotálamo. Além disso, a liberação de GH  pode ser regulada a nível do hipotálamo por vários sinais de estresse metabólicos, tais como exercícios de resistência aguda . Uma única sessão de exercício de resistência com 85% de uma repetição máxima (1-RM) foi suficiente para elevar significativamente o GH sanguíneo.

A melatonina indolamina (N-acetil-5-metoxitriptamina) é um hormônio lipofílico sintetizado pela glândula pineal e esta envolvido na liberação do hormonio do crescimento. A melatonina desempenha um papel de facilitadora na neurorregulação de secreção do hormonio do crescimento, ao nível do hipotálamo, evidenciado pela elevação do pico GH no soro sanguíneo depois de 60 minutos após a ingestão oral de melatonina, em doses de 5 mg a 12 mg.

Tem sido sugerido que o mecanismo de  neurorregulação da melatonina é através da ligação de receptores de meltatonina no hipotálamo, inibindo assim a liberação de SST. Este mecanismo tem sido corroborado em um estudo em que a ingestão de 10g de melatonina por via oral, elevou a liberação de GH após 60 e 120 minutos de sua ingestão, enquanto simultaneamente inibiu a liberação endógena de SST. Estes dados corroboram a tese de que a suplementação de melatonina aumenta a atividade do sistema receptor-efetor de SST. Uma vez induzida por exercício, à secreção de GH, é facilitada pela melatonina.

Por exemplo, a suplementação de melatonina a uma dose de 5,0 mg antes do exercício de bicicleta com o VO2max de  70%, causou um aumento significativo nos níveis séricos de GH e de proteína ligante de IGF-1  quando comparado com um grupo placebo.

Em um estudo em que homens tomaram 5,0 mg de melatonina, o aumento do GH sanguíneo durante o período de pré-exercício foi de 157% de aumento da linha de base, ao passo que no período pós-exercício ambos os que tomaram 0,5 mg  obtiveram um aumento de 106% da linha de base e os que tomaram 5,0 mg  aumentaram em 132 %  da linha de base. A conclusão é que a melatonina efetivamente aumentou o GH em comparação com o grupo placebo.



Texto base:
Effects of a single dose of N-Acetyl-5-methoxytryptamine (Melatonin) and resistance exercise on the growth hormone/IGF-1 axis in young males and females

Erika Nassar
, Chris Mulligan, Lem Taylor, Chad Kerksick, Melyn Galbreath, Mike Greenwood, Richard Kreider and Darryn S Willoughby

Journal of the International Society of Sports Nutrition 2007

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Os Benefícios do Whey Protein


 As duas principais fontes de proteínas no leite são a caseína e o soro do leite (whey protein). Após o processamento do leite a caseína é a proteína responsável ​​pela formação da coalhada, enquanto o soro do leite permanece em um ambiente líquido. Os componentes do soro do leite incluem a beta-lactoglobulina, alfa-lactalbumina, albumina do soro bovino, lactoferrina, imunoglobulinas, enzimas lactoperoxidase, glicomacropéptidos, lactose, e minerais. O soro do leite é um suplemento proteico que proporciona ao organismo uma melhora no sistema imunológico, melhoria da força muscular e a da composição corporal, e na prevenção de doenças cardiovasculares e na osteoporose.

As proteínas do soro contêm todos os aminoácidos essenciais, em concentrações mais elevadas do que as proteínas vegetais. Os aminoácidos do soro do leite são eficientemente absorvidos e utilizados, em relação aos aminoácidos livres. As proteínas do soro do leite têm uma concentração elevada de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) que são a leucina, isoleucina, e valina, que são importantes para o crescimento muscular e sua reparação. A leucina é um aminoácido chave para o metabolismo da proteína. O Whey protein tem altas quantidade de cisteína e metionina, aminoácidos que melhoram a função imunitária através de conversão intracelular de glutationa (antioxidante).

Vamos falar um pouco de cada proteína do soro do leite. No whey protein, 50 a 55% de sua composição é de beta-lactoglobulina  que é uma excelente fonte de aminoácidos de cadeia ramificada e aminoácidos essenciais, que melhoram o glicogênio muscular durante o exercício e aumentam a biodisponibilidade de vitaminas solúveis em gordura, como a vitamina E e A por exemplo.
A alfa-lactalbumina é uma proteína que compõe cerca de 20 a 25% e que também é rico em aminoácidos de cadeia ramificada e  do aminoácido triptofano, que ajuda a regular o sono e o humor.
As imunoglobulinas IgA, IgD, IgE, IgG, IgM compõem cerca de 10 a 15% do soro do leite. É um constituinte encontrado no colostro e contém inúmeros benefícios a todas as idades, em particular as crianças.

A lactoferrina tem ação antioxidante e compõe cerca de 1 a 2% do whey, e é encontrada também no leite materno, lágrimas, saliva e  tem ação antibacteriana e antifúngica, promove beneficio na absorção de ferro e em sua biodisponibilidade. A lactoperoxidase compõe cerca de 0,5% e atua na inibição do crescimento de bacteriano.

A albumina de soro bovino esta presente de 5 a 10% do soro e é uma  proteína de grande porte, com bom perfil de aminoácidos essenciais. O Glicomacropéptido compõe cerca de 10 a 15% e por não conter o aminoácido fenilalanina em sua composição é muitas vezes usado em fórmulas infantis para lactentes com fenilcetanúria. Ele evita também a formação de placa bacteriana e de cáries nos dentes.

O perfil de aminoácidos do soro do leite o torna atraente para quem busca uma melhor composição corporal e crescimento muscular. Em um estudo duplo-cego, 42 homens de idades entre 18 e 31 anos, familiarizados com o treinamento de peso, seguiram o mesmo programa de treinamento de resistência por 12 semanas e consumiu a proteína de soro de leite, o resultado final foi melhoria de força muscular e ganho de massa magra em comparação com o grupo placebo.
Motivos de sobra para suplementarmos o whey protein na dieta, mas lembrando que é necessário o acompanhamento de um nutricionista e um educador físico para otimizarmos os resultados. Bons treinos!

 


Victor Guerra
Nutricionista Clínico e Esportivo
61-84746268
61-35476268
61-99926268

CLSW 304, BL. A (ALPHA SHOPPING), SALA 136 - SUDOESTE